José
de Jesus Santos
Cento e vinte dias... um prazo de quatro meses para
que O Congresso Brasileiro valide ou não a Medida provisória que “Reforma” o
ensino médio brasileiro. Muito debate entre especialistas profissionais e
outros de plantão midiático defendendo ou rejeitando a MP 746. Um ponto em comum?
Reformar o ensino médio é preciso.
E os maiores interessados sobre o caso, pais,
estudantes e professores o que dizem, o que acham, qual a opinião deles sobre
esse ponto? Boquim (cidade do interior de Sergipe) teve aprovado seu novo
projeto de lei de gestão democrática no dia 26 do corrente. O que isso tem
haver? Tudo!
Os membros da comunidade escolar se já estivessem
exercendo seu espírito de pertencimento de que são atores do processo de
aprendizagem e ensino das crianças,
jovens e adultos para construir uma sociedade justa para todos, estaríamos
todos nas ruas questionando a “Reforma”.
Dentro de uma Gestão Democrática de ensino existem
espaços deliberativos que promovem o dialogo entre pais, estudantes e todos os
demais profissionais da escola, dentro destes os sonhos, frustrações, desafios
e ações de enfrentamentos aos problemas são encaminhados.
Se todas as escolas do Brasil já tivessem essa
cultura participativa de dialogar e gerir a educação publica de forma
horizontal, partilhada o cenário nas ruas, nas urnas e no ensino publico e
privado seria bem diferente.
O sentido da Republica seria amplamente aplicado...
Governo Regido pelo povo. Enquanto ainda estamos timidamente avançando, o
conservadorismo, o autoritarismo de 64 volta com vestes novas, lobo em pele de
cordeiro, alguns resistindo, jovens de 16 anos sendo porta voz da resistência
por uma educação de qualidade social.
Eles estão deixando o recado: Queremos continuar
pensando, filosofando, lutando, criando e recriando, não somos robôs, somos
gente, somos povo, somos presente e futuro...
Por isso lutam no presente de olho no futuro... Numa
Gestão Democrática de Ensino é potencialmente possível que não somente eles
ocupem escolas e as ruas.
Os pais, professores, diretores, porteiros,
coordenadores, servidores de serviços básicos, o padeiro, o policial, o padre,
o pastor, a beata, o ateu, o caminhoneiro, o gari, o prefeito, o vereador, o
juiz... Todos ocupariam e diriam: Reformar é preciso, mas dialogar é preciso.
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